Alunos com projeto “Xô Mosquito” são semifinalistas na maior feira de ciências do Brasil

 

 

Nesta quarta-feira (18), três alunos do Instituto Dom Fernando Gomes (IDFG) se apresentaram na semifinal da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), a maior feira de ciências do país. Os alunos concorrem à feira representando o projeto “Xô Mosquito”, que tem como objetivo ajudar a comunidade da cidade de Aracaju no combate às arboviroses decorrentes do mosquito Aedes Aegypti.

Semifinalistas fazem apresentação na primeira etapa da semifinal (Foto: INTEC/IDFG)

A equipe semifinalista é formada pelos alunos Ana Beatriz Cruz, Gilman Gabriel Junior e Rayra Vitória Silva, atualmente na 3ª série do Ensino Médio. Além de desenvolver soluções sustentáveis para problemas da comunidade, as experiências adquiridas no trabalho em grupo também foram importantes. “Dividi com todos os meus colegas experiências únicas e o mais importante é que deu tudo certo no final. Espero que nosso projeto chegue o mais longe possível para que a gente atinja o máximo de pessoas com as nossas informações e o nosso protótipo”, destacou Gilman.

 

A semifinal da Febrace é realizada em duas etapas. Passadas as duas etapas, os finalistas apresentarão os projetos na Universidade de São Paulo (USP) em março deste ano.

 

O Projeto

 

O projeto “Xô Mosquito”, orientado pelas professoras Darcylaine Martins e Heloisa Pereira, foi executado com os alunos durante o ano letivo de 2022, enquanto cursavam a 2ª série do Ensino Médio. Além dos alunos semifinalistas, o projeto também foi produzido pelos alunos Caetano Fonseca, Carlos Henrique Vaccari, Fernanda dos Santos, Glenda Alícia Sebastião e Maria Eduarda Marinho.

 

O “Xô Mosquito” inclui a produção de um mata mosquito e um repelente a partir de ervas medicinais com o objetivo de ajudar a comunidade local a partir da prevenção às arboviroses. “O projeto foi desenvolvido dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, onde eu desafiei os meninos a procurar um problema da comunidade que eles pudessem resolver com práticas sustentáveis”, explicou a professora Darcylaine.

 

Enquanto o repelente foi elaborado com conhecimentos da etnobotânica e a sabedoria popular, a professora Heloisa explica que o protótipo do mata mosquito possui um sistema de captura dos insetos com ventoinha, feito inteiramente em sala de aula. “Nós fizemos a montagem do nosso projeto, que é um protótipo para captura de mosquitos onde nós utilizamos materiais recicláveis e um pouco de eletrônica no desenvolvimento”, contou.

 

Após a apresentação do projeto durante Mostra Científica dentro da própria instituição, os alunos apresentaram o protótipo na Feira Estadual de Ciências, Tecnologia e Artes de Sergipe (CIENART) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na oportunidade, a equipe do IDFG conquistou o 2º lugar, dentre mais de 140 projetos expostos.

 

Para a professora Darcylaine Martins, participar de eventos como este reitera a importância da ciência para além do contexto escolar e estimula o interesse pelas ciências da natureza. “É importante participar desses projetos além dos muros da escola para dar visibilidade à ciência, a importância que a ciência tem na nossa comunidade e, principalmente, fazer com que esses alunos se interessem mais por ciências da natureza”, finalizou.

 

 

(Texto: Mayze Barreto)

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