Depois de levarem o projeto de Iniciação Científica ‘Xô Mosquito’ até a Universidade de São Paulo (USP) em março deste ano, agora é a vez das estudantes Ana Beatriz Cruz e Rayra Silva, do Instituto Dom Fernando Gomes (IDFG), representarem o Colégio e o estado de Sergipe na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, entre os dias 23 e 29 de julho.
As estudantes foram selecionadas pela Feira Estadual de Ciências, Tecnologia e Artes de Sergipe (Cienart) em 2022 para participar da 75ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), levando o trabalho, que nasceu em sala de aula, para mais um evento de porte nacional. “A ideia surgiu através da Mostra Científica Escolar, nossa professora nos desafiou a buscar uma problemática recorrente no nosso estado e com isso trazer soluções sustentáveis e acessíveis para a população”, comenta Ana Beatriz, que desenvolveu o Xô Mosquito em colaboração com Rayra e outros colegas da 3ª série do Ensino Médio. A pesquisa tem como principal fim produzir armadilhas para mosquitos com materiais reaproveitados e repelentes naturais.
A professora orientadora Darcylaine Martins, que acompanha as estudantes na reunião da SBPC, fala sobre processo da Iniciação Científica no IDFG, “São formados grupos nas salas de aula, cada grupo referente a uma área do conhecimento e os alunos são estimulados a desenvolver projetos de Iniciação Científica sob a orientação dos professores, sendo esses projetos divulgados na mostra científica do Colégio”. Como resultado da mostra, os trabalhos mais elaborados são escolhidos para participar da Cienart, a segunda parada de um caminho repleto de conhecimento que pode levar a várias conquistas e muito aprendizado na área da Ciência, como aconteceu com o Xô Mosquito.
Os frutos do projeto já estão sendo colhidos, além da participação em diferentes feiras, o trabalho desenvolvido viabilizou para Rayra uma bolsa no Programa de Iniciação Científica Júnior, iniciativa que busca novos talentos no Ensino Médio e Técnico.
Esta é a segunda vez que o projeto leva pesquisadoras e orientadora a participarem de ações fora do estado. Em março, Ana Beatriz, Rayra e Darcylaine participaram da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da USP (Febrace), a maior feira de ciências do Brasil. Já durante a experiência na reunião da SBPC, as alunas contam com um stand para apresentar o seu trabalho, além de terem contato com diversas outras iniciativas do campo científico. “As relações criadas e vivências compartilhadas com outros cientistas, o contato com uma das maiores feiras nacionais, visitação e passeios pelo Campus estimulam o nosso interesse pela vida universitária”, afirma Rayra.
A professora Darcylaine reconhece o valor da Iniciação Científica no IDFG dentro e fora da sala de aula, “O programa estimula a criatividade, o raciocínio, o pensamento crítico, melhora o rendimento escolar dos alunos, em especial nos componentes curriculares como Química, Física e Matemática, além de os tornarem mais preparados para alcançar uma oportunidade nas diversas universidades”. 
Já para as estudantes, a participação no programa as deixam um passo mais perto da vida acadêmica, a próxima estrada que ambas pretendem trilha, e afloram a paixão que elas nutrem por pesquisa. “A ciência é algo espetacular, fazer parte da área científica de maneira ativa é extraordinário”, finaliza Ana Beatriz.
Sobre a SBPC
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1948 com o objetivo de defender o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. Com publicações como o Jornal da Ciência e a revista Ciência e Cultura, a SBPC promove diversos eventos regionais e nacionais a fim de debater políticas públicas na área da ciência e da tecnologia e pautar o avanço dessas áreas.
Entre os encontros organizados pela instituição está a reunião anual, que em 2023 realiza sua 75ª edição entre os dias 23 e 29 de julho e tem como principais temas a celebração da democracia e da ciência como política pública. O encontro pode ser acompanhado através dos canais da SBPC e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no YouTube.
(Texto: Fernanda Souza Dantas)
