O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.
Euquério nasceu em Órleans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.
Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.
Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.
Outros santos e beatos:
Santa Amada de Corano (†1250) — clarissa, sobrinha de santa Clara de Assis.
São Colgan (†796) — abade denominado o Sábio, amanuense famoso.
Beata Elisabete Bartoloméia Picenardi (1428-1468) — natural de Mântua, pertencia ao ramo feminino da Ordem dos Servos de Santa Maria. Foi beatificada em 1804.
São Falcão (†512) — bispo de Mäastricht.
São Leão de Catânia (703-787) — de presbítero em Ravena foi elevado à sede episcopal da (antiga) cidade do Etna. É cognominado “o Maravilhoso” por causa dos milagres que lhe são atribuídos.
Santo Olcan (†840) — batizado por são Patrício, que o sagrou bispo de Derkan, na Irlanda.
Beato Pedro de Treja (†1304) — franciscano; foi pregador em diversas regiões da Itália. Morreu nas Marcas, em Sirolo.
Santos Potâmios e Nemésio — martirizados em Chipre, em época incerta.
São Sahdost e companheiros (†343) — metropolita de Selêucia, martirizado juntamente com outros 128 cristãos, durante a perseguição movida pelo persa Xapur.
Santos Tirânio, Silvano, Peleu, Nilo e Zenóbio — martirizados em 304, em Tiro.
são Valério — primeiro bispo de Couserans, na França.