A aluna Julia Gabryella, do 9º Ano, vai participar de mais uma etapa da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente após se classificar na fase estadual, na última sexta-feira (8). Na oportunidade, o Instituto Dom Fernando Gomes (IDFG) concorreu com cinquenta escolas e Julia foi selecionada junto a outros onze estudantes para representar Sergipe no ciclo nacional, que vai acontecer em Brasília, entre os dias 06 e 10 de outubro.
Julia foi escolhida como representante do grupo de pesquisa do qual faz parte na escola. Junto com alguns colegas de turma e sob orientação da professora de biologia, Isabel Chagas, a aluna vem desenvolvendo desde abril o projeto prático-científico Ecolátex de Caju, iniciativa que produziu um material para substituir o plástico filme, elemento que pode demorar de vinte a cem anos para se decompor, degradando a natureza e prejudicando ecossistemas.
“A ideia surgiu durante a Mostra Científica do IDFG, onde fomos desafiados a criar algo que lembrasse a sergipanidade, por isso escolhemos o caju como matéria-prima para desenvolver o nosso bioplástico”, conta a professora Isabel, referindo-se ao fruto característico de Aracaju.
Agora, preparando-se para a fase nacional na capital do país, Julia compartilha o quanto se sente satisfeita e ansiosa para representar Sergipe e o IDFG na Conferência, “estou muito grata e feliz por poder compartilhar um pouco do nosso conhecimento em um evento tão grande e importante”, conta.
Na próxima etapa, os alunos que se destacarem em aspectos como protagonismo, relevância e viabilidade dos projetos, levando em conta o tema ‘Justiça Climática’, vão participar de programas de formação e de uma seleção conduzida pelo MEC e parceiros para representar o Brasil na 30ª edição da Conferência das Partes (COP 30), a reunião de países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), que vai acontecer em Belém, no Pará, a partir de 10 de novembro deste ano.
Todo o trabalho também foi acompanhado pela coordenadora Mylena Martins, que ressalta a importância das atividades científicas na escola. “Estar presente em momentos como esse é a prova de que a pesquisa científica, quando incentivada desde a escola, pode alcançar espaços de grande relevância”, diz ela, que atua diretamente nas Olimpíadas do Conhecimento e na Iniciação Científica. “É um orgulho imenso e uma motivação para continuar investindo em ciência, inovação e educação”, finaliza.